Trecho inédito

fevereiro 14, 2020


Respirei fundo e segui pelo corredor escuro, de uma vez, até encontrar a primeira arandela que iluminou meu caminho até a segunda, e quando dei por mim, já estava em um emaranhado de túneis. Não demorou até que encontrasse a passagem que levava ao quarto de Dominick como se estivesse estado ali recentemente. Não que os corredores fossem algo difícil de seguir, era só que fazia realmente muito tempo. Anos. Aquelas passagens foram feitas para nossa segurança, há séculos... Ao menos era essa a intenção. Sabe-se lá os segredos que elas escondiam. Eu as usei para brincar e me esconder, para xeretar, e hoje...
Contei até três e finalmente dei duas batidinhas na porta antes de empurrá-la bem devagar e entrar, para simplesmente encontrar o quarto completamente vazio, com a iluminação baixa e silencioso.







GIA...

Será que Dominick não havia voltado? Ou havia se esquecido de mim? — foram minhas primeiras perguntas.
Já passava da meia-noite.
Por um momento pensei até que tinha visto a hora errada.
Se ele não tinha voltado então estava lá no salão ainda, no mesmo lugar que aquela mulher...
Me obriguei a não pensar nessas coisas, pois com certeza Dominick tinha um bom motivo para não estar ali. Eu só tinha que me sentar e esperar.
E foi quando dei um passo em direção à cama que ouvi água caindo no banheiro como se alguém estivesse ligando uma torneira. Meu coração começou a bater mais rápido, e por um momento achei que fosse explodir. Eu não estava sozinha. Dominick estava ali e não tinha me dado o bolo. Fiquei imóvel sem saber o que fazer.
A porta do banheiro abriu e Dominick saiu, sem perceber que eu estava ali. Ao me ver, parou e em seguida sorriu. Ele estava lindo de morrer, como sempre. Os cabelos escuros desgrenhados, a camisa desabotoada, era como se Nick tivesse acabado de acordar. E claro, ainda tinha aquele sorriso sacana no rosto que fazia minhas pernas tremerem. Ele me lançou um olhar demorado da cabeça aos pés, cheio de desejo, foi aí que me lembrei da roupa que vestia... Ou melhor, que não vestia.
Respirei profundamente, sentindo os seios pesados roçarem no tecido fino e delicado da seda. O toque suave me causou arrepios.
— Você não se despediu. — Ele veio em minha direção, os olhos escuros presos aos meus.
Cheguei a abrir a boca para dizer algo... Não sei o quê exatamente, mas seja o que fosse não consegui dizer. Minhas mãos tremiam, caídas cada uma ao lado do corpo.
— Tem algum problema. — Não parecia uma pergunta. Nick se aproximou ainda mais e acariciou meu rosto lentamente, os olhos abertos me analisando, os dedos úmidos e frios em contato com minha pele quente. Seu polegar deslizou sobre meus lábios entreabertos seguindo o formato da boca em uma carícia lenta cheia de promessas.
Deixei escapar um gemido quando Nick se inclinou e beijou meu rosto.
— Senti falta disso... — Ele murmurou, a voz rouca, então deslizou a boca sobre a minha ao afastar o polegar.
O incômodo entre minhas pernas cresceu. Eu estava tão próxima dele, sentindo seu calor, que por um momento consegui esquecer de todos os problemas.
— Nick — fiquei na ponta do pé para alcançá-lo conforme ele foi se afastando e tive que me apoiar em seu peito para não cair. Ele voltou a segurar meu rosto, e me fitou profundamente.
— O que houve?
E a realidade me atingiu novamente como um soco no estômago.
— Não houve nada — menti tentando ignorar o que estava sentindo. Não queria que Dominick parasse, queria que ele me fizesse esquecer tudo aquilo e me lembrasse de nós dois.
— Mentirosa. — Seu rosto estava sério, apesar do tom carinhoso e sensual. Somente ele para deixar uma palavra insignificante como aquela, soar tão pecaminosamente sexy. — Conheço você, Gia. Melhor do que qualquer um neste lugar. Você mal olhou pra mim quando se despediu.
— Impressão sua. — Nick me soltou, então voltei à posição anterior sem conseguir encará-lo direito.
— Vamos tentar novamente. — Ouvi quando ele respirou fundo. — Não vai sair daqui até me dizer o que está acontecendo, e eu tinha planos. — Encarei-o. — Tenho planos para nós dois que não incluem eu e você parados aqui. — Dominick cruzou os braços o que acentuou os músculos por baixo da camisa.
— Não podemos só ignorar isso?
— Não.
Droga!
— Gia, tem que aprender a conversar comigo. O que aconteceu com aquela garota que me desafiou, dizendo que vinha pra cá e tudo mais? Quero falar com ela se me permitir.
Meu estômago revirou novamente, então baixei o olhar, e quando percebi estava admirando o cinto de Dominick. Tudo para fugir daquela conversa.
— Aposto mesmo que você prefere alguém mais decidida — deixei escapar e quis me bater por isso. Encarei-o.
— Foi o que Rada disse sobre mim, não foi?
Estava tão na cara assim?
— Nick...
— Vai conversar comigo? Ou vou achar que Rada atingiu você com as mentiras dela, e olha que ela nem sabe sobre nós. — Seu tom era firme. — Preciso saber que confia em mim, Gia, e que as mentiras de Rada ou de qualquer outra pessoa não vão encher sua cabeça, caso contrário, isso... — Ele fez um sinal, com a mão, entre nós. — Não vai dar certo.
Senti as lágrimas se formarem e enxuguei uma que deslizou por minha bochecha. Não queria chorar na frente de Dominick, ainda mais quando ele nem tinha se movido para me consolar. Ele não ia passar a mão na minha cabeça, pelo que percebi.
Lute por mim.” Ele disse. E aqui estava eu, duvidando dele.
— Não sei se — me encolhi toda, me abraçando, quando de repente o quarto ficou gelado. —, sou suficiente pra você — falei de uma vez. — Se está satisfeito comigo. Tenho medo que... Apareça outra Rada e lembre você do que gosta...
— E do que eu gosto, Gia? — Seu tom ainda era sério, um desafio gelado, sem pena de massacrar.
— Vejo você com essas mulheres, o tipo delas. Olho pra mim e... — Meus olhos se encheram de lágrimas de novo. — Sou uma garota que viveu a vida em um colégio interno, idiota, ingênua...
— Você não é idiota, não permito que fale assim de você. E prefiro dizer inocente ao invés de ingênua. — Dominick respirou fundo e balançou a cabeça. — Gia, eu não espero que você se transforme da noite para o dia. Eu não espero. Gosto de você, assim. Você está desabrochando aos poucos, o que me deixa extremamente orgulhoso. É claro que precisa fazer alguns ajustes, como por exemplo, não deixar que maltratem você como aquelas garotas estavam fazendo, aguentar a responsabilidade da coroa, e ter mais segurança no que eu sinto por você.
— Vi como olhava pra Rada.
— Pode ter certeza que não havia desejo no jeito como olhava pra ela.
— Eu sei.
— Então.
— Mas ela mexe com você, ela te irrita.
— É claro que ela me irrita! — disse exasperado. — Só que me irrita mais o fato de ela achar que é minha dona, de que pode machucar você caso descubra sobre nós dois. Eu só penso em você e em mais ninguém. Se ela quiser me atingir, ótimo, que venha, eu aguento as pontas, mas conhecendo ela do jeito que conheço, sei que Rada não vai ficar nenhum pouco satisfeita quando nos vir juntos, Gia. E é com isso que me preocupo.
— Você acha que não sei me cuidar?
— Sinceramente? — Ele franziu o cenho e sorriu, o que me fez sorrir também. — Gia, eu amo você. Unicamente você. — Nick voltou a se aproximar deslizando as mãos pesadas sobre meus ombros, braços... — Não é o suficiente?
— É, mas...
— Mas o quê? — Não respondi. — Fale comigo.
Respirei fundo.
— Eu... — olhei para cima, para os lados, menos pra ele. O que eu estava prestes a dizer me deixava completamente sem jeito. — Não sou tão experiente. — Voltei a encará-lo. Ele me olhava como se eu não estivesse falando coisa com coisa. — Não sei fazer metade das coisas que elas deviam fazer... Na verdade, acho que estou sendo até gentil — ri sozinha feito uma louca. — Não sei nada.
— Gia. — Nick me soltou e voltou a me encarar sério. — Gosto de você do jeito que é. — Ele ainda estava perto. — Gosto de saber que fui seu primeiro, gosto de saber que tudo que vai aprender, aprenderá comigo e com mais ninguém. — Minha boca ficou seca. Nick curvou-se sobre mim beijando meu rosto de novo, e deslizou a boca pelo meu maxilar. — Gosto de ver o quanto você fica excitada quando chego perto — fechei os olhos. — E eu mal toquei em você. — Ele se afastou apenas para me olhar e voltamos a nos encarar, eu completamente sem fôlego e descaradamente desejosa, apenas para provar que ele tinha razão.
— Então você não sente falta delas? — Ele fez que não com a cabeça. — E as coisas que fazia com elas. — Eu sabia que estava sendo terrivelmente indiscreta, mas não conseguia parar. Precisava saber que eu era o bastante.
— Não sinto falta de nada disso. — Ele respondeu prontamente. — E nem delas, quando tenho você. — Senti meu peito se aquecer. — E além disso, também não me permito fazer tudo o que quero, com você... — Seu tom malicioso era carregado de promessas. — Ainda não...
— Não? Por quê? — ergui o queixo, a curiosidade começando a me corroer por dentro.
Dominick riu e passou a mão pelo rosto, não parecendo acreditar que estava tendo essa conversa. Eu sei, era ridículo, mas como disse, não conseguia me calar.
— Porque não quero assustar você, com... — Ele parou bruscamente. — Com minha mente fodida. Não quero infectar você com isso. Não quero outra Rada, outra Shanon, outra Darla. Quero você! Só quero que ponha isso na sua cabeça, ok? — Nick começou a andar para frente, vindo em minha direção, o que me obrigou a recuar bem devagar. — Com o tempo, as coisas vão evoluir entre a gente, só não quero que apresse isso. — Continuei recuando e quando dei por mim estava de costas contra a parede ao lado da entrada da passagem, com Dominick sobre mim, tão intimidador quanto antes. — Quero aproveitar ao máximo meu momento com você. — Ele voltou a acariciar meu rosto, meu queixo, minha boca, com o polegar. — Nós só começamos.
Soltei um gemido tão indecentemente alto quando a boca de Dominick se aproximou descendo por meu pescoço, que nem acreditei que aquilo tinha saído de mim, o que o fez rir contra minha pele.
— Quero que tire essas bobagens da sua cabeça, ouviu, princesa? — Ele dava beijinhos molhados ao longo do meu pescoço, seguindo até meu ombro, afastando o roupão para revelar minha pele, aos poucos, sem pressa. — Certo?
— Aham — respondi sem pensar, tão perdida na sensação deliciosa que era a boca de Dominick me provocando.
— Bom. — Mais beijos molhados, quentes. Gemi de novo ao sentir sua língua. — Então tenho permissão?
Até aquele momento eu já estava totalmente apoiada contra a parede, sabendo que se ela não estivesse ali eu já teria me desfeito.
— Permissão pra quê? — minha voz era um murmúrio rouco quando Dominick se aproximou mais, até os bicos intumescidos dos meus seios roçarem o peito dele, por baixo da seda.
— Pra fazer o que eu quiser? — seus dedos enroscaram em meus cabelos e com um leve puxão para o lado ele revelou ainda mais meu pescoço.
— O que você quer fazer? — fechei os olhos com força e deixei escapar um longo suspiro.
— Você vai ver. — Nick retirou a boca. Voltamos a nos encarar, enquanto ele sorria triunfante, comigo completamente derretida e entregue, os cabelos ainda presos aos seus dedos exigentes me mantendo firme ali. — Antes quero que venha comigo, tomar um banho.
— Eu já tomei banho — reclamei.
— Esse é diferente. — Seu sorriso se alargou. — Você vai gostar.
— Pra que eu preciso de um novo banho? — estreitei meus olhos em sua direção.
— É um banho relaxante. Depois do dia de hoje, você precisa. — Então, para meu total desapontamento ele se afastou. — Vem. — Oferecendo a mão em seguida. Eu nem sabia se conseguiria andar. — Vou cuidar de você.
Sentindo ainda as pernas bambas, tomei fôlego, segurei a mão dele e o segui.







DOMINICK...



Levei Gia pela mão, até o banheiro, onde havia preparado um banho para ela com óleos perfumados, sais de banho, muita espuma e uma trilha sonora especialmente selecionada para a ocasião. Velas espalhadas pelo chão, ao redor da banheira, bruxuleando a luz baixa, ajudavam a criar um clima sensual. Uma bandeja, com óleos e uma esponja, estava posta ao chão, perto das velas. Do outro lado, uma bandeja com champanhe no gelo e duas taças esperavam por nós.
— Uau. — Olhei para Gia que observava o banheiro como se nunca tivesse entrado em um. Os olhos arregalados vasculhavam, parecendo assimilar cada detalhe. Até aquele ponto não sabia se sua reação era boa ou ruim, então esperei que ela acabasse sua análise minuciosa e me dissesse algo concreto. — Nossa — Gia começou sem jeito ao me encarar finalmente. — Não sabia dessa sua veia romântica.
— Não sou romântico. — Fiz uma careta. E eu não era, nunca senti vontade de fazer essas coisas pra ninguém antes de Gia. — Só quis fazer algo especial pra você.
— E isso não é nada romântico. — Ela riu timidamente debochando de mim.
— Se achou, ótimo. — Puxei-a para os meus braços, e seus lindos olhos verdes se abriram em expectativa. — Então você gostou? — Rocei os lábios em sua boca sedosa, atiçando-a e provocando-a deliberadamente, e ela se derreteu toda, entreabrindo os lábios pedindo por um beijo de verdade, que eu não dei. Preferi adiar o momento. Eu queria brincar primeiro.
— Sim. — Ela respondeu, o peito arfando, enquanto umedecia os lábios tentadores e macios, me observando com extrema atenção.
— Bom — Esbocei um sorriso satisfeito. — Então venha comigo.
Sem hesitar, Gia me acompanhou em silêncio até perto da espaçosa banheira em estilo vitoriano, feita de cobre com torneiras douradas, no centro do banheiro, e em seguida a virei pra mim. Recuei um passo curto, e parei para dar uma boa olhada nela. Gia estava incrivelmente sexy vestida daquele jeito. Tão inocente, mas ao mesmo tempo tão tentadora. Conseguia ver os seios intumescidos pelo tecido quase transparente e a sombra de uma calcinha minúscula.
Gia também tinha seus olhos curiosos sobre mim e seus dedos repuxavam nervosamente a barra do roupão de seda. A expectativa era de matar com certeza.
— Nervosa? — perguntei surpreendendo-me com a rouquidão em minha voz. Gia balançou a cabeça negando veementemente, o que me fez sorrir. Não sei como consegui me segurar por tanto tempo, estando do lado dela. Mas isso não era sobre mim e sim sobre ela. Gia merecia um descanso depois de todo o estresse que eu a havia feito passar com a minha cabeça dura.
Coloquei as mãos em seus ombros, deslizando-as pela seda macia, lentamente, sentindo-a tremer. Ela respirou fundo e umedeceu os lábios mais uma vez. Gia estava ficando tão impaciente e excitada quanto eu estava.
Sem conseguir me segurar, agarrei-a pela cintura, e a mantive firme, presa com uma mão firme em seus cabelos, encurtando nossa distância e finalmente colei minha boca na dela, em um beijo profundo, arrebatador. Ela não reagiu imediatamente, mas em seguida senti as mãos dela em meus ombros por um breve instante, antes que seus braços caíssem ao lado de seu corpo. Gia havia se rendido. Seus gemidos baixos, a falta de experiência, os tremores e sua hesitação em me tocar, de alguma maneira me deixaram louco.
Mergulhei a língua em sua boca pequena, procurando pela dela. Gia correspondeu avidamente pedindo por mais, enquanto dedilhava minha camisa, agarrando-a sem saber se puxava ou se deixava no lugar.
Era deliciosa a sensação de senti-la contra meu corpo. Minha menina impaciente.
Corri a boca por seu queixo e a abracei, puxando-a mais para mim, apertando-a contra minha ereção. Gemi contra a pele do pescoço dela, e Gia me envolveu com os braços deixando que eu continuasse com as caricias. Desci as mãos por suas costas, pressionando os dedos em sua carne de uma maneira nada gentil — eu sabia — e Gia resfolegou em resposta. Sua respiração começou a acelerar quando continuei descendo as mãos e apertei aquele traseiro, encaixando o dedo perfeitamente na fenda, por cima da seda macia, louco para sentir sua pele. E quando já a tinha provocado bastante, eu a soltei relutante, deixando-a parada a minha frente com a boca inchada, sem ar, completamente desejosa.
Com um sorriso zombeteiro continuei me afastando, até uma mesinha do outro lado do quarto, sob o olhar faminto de Gia. Tirei a bebida do gelo e enchi uma das taças sabendo que ela me observava.
— Com sede? — Me voltei pra ela. Não esperei por sua resposta. Fui em sua direção com a taça numa mão e a garrafa na outra. — Abra a boca.
Com um sorriso brincalhão no rosto, Gia obedeceu. Então encostei a taça em sua boca e derramei a bebida bem devagar para que ela tomasse um pouco, e retirei a taça sem avisar, o que a fez rir.
— Minha vez. — Dei um gole curto, deixando a garrafa no chão, antes de voltar a aninhar a mão nos cabelos de Gia de novo para outro beijo de tirar o fôlego. Ela tinha gosto de champanhe, o que me deu uma ideia.
Interrompi o beijo mais uma vez para dar outra olhada nela. Tão linda e ansiosa. Ia amar brincar com ela à noite toda.
Desci a mão para o cinto do roupão, desfazendo-o e o roupão se abriu, revelando um pouco da pele nua e da calcinha que ela usava.
— Assim você vai me matar, princesa. — Afastei parte do roupão para o lado, ergui a taça mostrando-a para ela, sem realmente dizer o que faria, até me aproximar e derramar um pouco da bebida na curva do pescoço. Gia soltou um gritinho surpresa, quando avancei sobre ela para sugar o líquido em seu corpo, seguindo o caminho das gotas que escaparam. Primeiro lambi o pescoço, traçando um caminho de beijos, sugando o champanhe e lambendo. Gia teve que se segurar em mim pra não cair.
Continuei com a provocação, me afastando de novo, para derramar uma boa quantidade sobre o ombro desnudo, então coloquei minha boca mais uma vez nela, descendo até um dos seios. Passei a língua e mordisquei de leve, ouvindo-a suspirar ao se agarrar em mim. Ergui a cabeça e fiz o mesmo com o outro seio, provocando-a com a língua até deixar o bico bem durinho e continuei com o caminho dos beijos, seguindo as gotas que escaparam para a barriga dela, mas para isso tive que ficar de joelhos.
Gia acariciava e segurava meus cabelos com força, os olhos fechados apenas sentindo o que eu fazia com ela. E olha que não tinha nem começado.
Ajudei-a a se livrar do roupão, deixei a taça ao lado da garrafa, e voltei minha atenção para aquela calcinha branca.
— É isso o que as princesas vestem por baixo de todos aqueles vestidos e saias? — Fingi surpresa ao olhá-la de baixo para cima. Gia abriu os olhos e sorriu.
— Achei apropriado para a ocasião. Não gostou?
— Ah, eu gostei. — Enfiei o dedo no elástico lateral e puxei para baixo. Surpreendendo-me, Gia não se cobriu, o que achei fantástico, embora tenha percebido que suas mãos chegaram a fazer menção de se aproximar, mas recuaram. Não fiz comentário algum, para não intimidá-la. — Mas para o que pretendo fazer, infelizmente ela é um empecilho. Mas continue pensando em mim quando for escolher suas roupas de baixo.
— Quem disse que pensei em você? — Sorri com sua resposta insolente.
— Seja boazinha. — Dei um tapa leve na bunda dela e Gia segurou o riso. — Posso ser muito mal com você, princesa. — Fiquei de pé e ela se encolheu um pouco, tão vulnerável a minha mercê.
— E o que está esperando? — Ah, todo aquele atrevimento me deixava louco.
— Muito bem. — Deixei a calcinha cair no chão ao lado do roupão de seda. — Vire-se e entre na banheira.
Se Gia estava com vergonha de ficar nua na minha frente, não transpareceu. Obediente ela me deu as costas, fez um coque no cabelo, sem a ajuda de um elástico ou prendedor e em seguida mergulho uma das pernas na espuma, e colocando a outra entrou.
— Continue de costas pra mim — pedi.
Fui até o canto onde havia deixado uma cadeira que trouxe do quarto e coloquei-a perto da banheira.
— Gelada? — perguntei quando sentei.
— Está morna. — Ela mexia os braços, parecendo uma criança que havia acabado de entrar em uma banheira pela primeira vez. Era excitante vê-la. Sua inocência era refrescante e apaixonante, se tinha permissão de ser piegas. Que Kristyan não me ouvisse. — Vai entrar comigo? — Gia virou o rosto para o lado.
— Hoje não.
— Ah... — Ela fez um biquinho contrariada. E antes que pudesse dizer qualquer coisa, me inclinei para pegar o óleo de massagem, coloquei um pouco na mão e devolvi a garrafinha para a bandeja aos meus pés. — Deveria entrar, a água está ótima.
— Apenas fique quieta. Se eu entrar aí, meus planos vão por água abaixo. — Esfreguei a mão uma na outra até senti-las quentes e coloquei-as nos ombros de Gia, começando a massagem bem devagar.
— Isso é bom. — Gia ficou imóvel.
— Está tensa, princesa.
— Os últimos dias foram cansativos.
— Sério? Me conte sobre eles.
— Ah, primeiro foi um duque pelo qual estou apaixonada que é um cabeça-dura irritante. — Sorri com sua descrição precisa e certeira sobre mim.
— Então está apaixonada por ele?
— Foi só essa informação que absorveu? — Nós dois rimos.
— Principalmente. — Continuei com os dedos trabalhando em seus ombros e costas. Gia soltou um longo gemido, e começou a relaxar.
Me inclinei para perto e sussurrei em seu ouvido:
— Está gostando?
— Sim. — Sua voz era rouca ao me responder.
— Bom. — Acariciei seu pescoço de leve, subindo pelos cabelos presos até segurar o coque com cuidado para não machucar, mas com pressão suficiente para que ela ficasse atenta. Fiquei de pé, virei a cabeça dela para o lado e lhe roubei um beijo.
Naquela posição ao abrir os olhos por um momento, vi os seios de Gia subindo e descendo sobre a água, seguindo sua respiração descompassada. Não resisti e levei a mão livre até um deles, e o pressionei de leve, sentindo Gia empurrar o corpo contra minha mão, ainda sem fôlego com o beijo.
— Não vai entrar mesmo? — Ela choramingou contra minha boca.
Fiz que não com a cabeça e a soltei, mas Gia me pegou de surpresa virando seu corpo de frente pra mim. Observei-a em silêncio maravilhado com sua beleza.
— Gia... — Ela ficou de joelhos na banheira, os olhos verdes desejosos sobre mim. Acariciei seu rosto, tocando sua bochecha gentilmente, toquei seus lábios com o polegar e Gia beijou a ponta do meu dedo. Foi um beijo simples, singelo, mas que me deixou ainda mais louco com vontade de agarrá-la, entrar na água e tirar minhas roupas.
Gia deu outro beijo na ponta do dedo, e devagar o enfiou na boca, sugou-o e passou a língua. Fiquei imóvel, a respiração acelerada, enquanto sentia a calça apertada. De repente quis que ela fizesse isso em mim, que me libertasse dessa agonia, e quando vi suas mãos sobre minha camisa, fiquei tenso, ansioso para descobrir o que ela faria em seguida. Observei-a em silêncio sentindo as mãos molhadas sobre o tecido, os dedos hesitantes abrindo os botões e finalmente me tocando. Soltei um gemido rouco e fechei os olhos quando percebi seus dedos descendo por meu peito, me acariciando. Ela soltou meu dedo da boca e partiu para me beijar na barriga, traçando um caminho de beijos gentis e demorados.
Voltei minha atenção pra ela e nossos olhares se encontraram. Seu jeito irresistível de me olhar me deixou com água na boca, então permiti que continuasse brincando.
Quando ela me tocou sobre a calça, senti meu corpo incendiar, a vontade de tê-la só aumentou e tive que me segurar mesmo. Cerrei os punhos com força, os dedos apertando a palma. Era impossível tirar os olhos dela. Gia se movia com tanta graça e segurança, ela sempre despertava nesses momentos. Seu atrevimento do dia a dia, escolhia as melhores horas para surgir.
Permaneci quieto quando ela abriu minha calça e baixou a cueca, por fim me libertando, e meu pau quase encostou em sua boca. Gia ainda não tinha feito nada. A ansiedade me matava aos poucos, mas não ia pedir que ela me tocasse, não ia... Até que ela me surpreendeu lambendo a glande, como quem toma um delicioso sorvete. Joguei a cabeça para trás aproveitando a sensação, antes de voltar a encará-la faminto.
Gia usou apenas a língua por um tempo, se divertindo com lambidas travessas e um olhar divertido ao me observar...
— Com quem você aprendeu a ser tão malvada assim? — Ela se afastou por um momento, sorriu e em seguida enfiou o máximo que conseguiu na boca, usando uma mão para me tocar, e eu fui à loucura. Senti o ar faltar e um calor desesperado me subir. Abri a boca para dizer algo, mas seja o que fosse ficou perdido, e no lugar, um som rouco, primitivo, escapou da garganta e eu mal me reconheci.
Mais um pouco e eu não aguentaria. Foi a muito custo que me afastei, sob seu olhar desejoso cheio de reprovação.
— Droga — rosnei irritado fechando os olhos, tentando me recuperar. — Assim vai ser difícil. — Olhei pra ela, aquele sorriso safado, o nariz empinado. Não havia um pingo de arrependimento em seus olhos. Se ela pudesse faria tudo de novo. Ah e como eu queria que fizesse. Gia olhava do meu rosto, para minha ereção... — Se continuar desse jeito não vou durar à noite toda. Vire-se. — Gia não obedeceu. — Vire ou não chegarei perto.
— Medo de mim? — Gia se fez de ofendida e eu ri.
— Apenas obedeça. — Tirei a camisa e deixei-a no chão. Gia observou o movimento atentamente. Tirei os sapatos, meias, e pôr fim a calça. Não ia mais conseguir continuar vestido.
— Não. — Ah, aquele tom petulante ainda ia colocá-la em problemas.
— Depois eu sou o irritante cabeça-dura. — Bufei tentando não rir. — Que seja. — Joguei as mãos para o alto dando-me por vencido e fui em direção à banheira. — Vamos acabar logo esse banho. — E entrei rapidamente, sentando e colocando-a de costa pra mim. — Agora fique quieta e me deixe terminar.
— E eu não tenho o direito de fazer o mesmo? — reclamou virando o rosto
— Ah, tem sim. Mas agora... — Apertei seu corpo contra o meu, ciente do meu pau duro em suas costas. — Eu que quero brincar um pouco com você.
— E depois?
— Tão impaciente. — Coloquei as mãos sobre seus ombros para continuar a massagem. — Depois você vai ver.




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