Respirei fundo e segui
pelo corredor escuro, de uma vez, até encontrar a primeira arandela que
iluminou meu caminho até a segunda, e quando dei por mim, já estava em um
emaranhado de túneis. Não demorou até que encontrasse a passagem que levava ao
quarto de Dominick como se estivesse estado ali recentemente. Não que os
corredores fossem algo difícil de seguir, era só que fazia realmente muito
tempo. Anos. Aquelas passagens foram feitas para nossa segurança, há
séculos... Ao menos era essa a intenção. Sabe-se lá os segredos que elas
escondiam. Eu as usei para brincar e me esconder, para xeretar, e hoje...
Contei até três e
finalmente dei duas batidinhas na porta antes de empurrá-la bem devagar e
entrar, para simplesmente encontrar o quarto completamente vazio, com a
iluminação baixa e silencioso.
GIA...
Será que Dominick não havia voltado? Ou
havia se esquecido de mim? — foram minhas primeiras
perguntas.
Já passava da
meia-noite.
Por um momento pensei
até que tinha visto a hora errada.
Se ele não tinha
voltado então estava lá no salão ainda, no mesmo lugar que aquela mulher...
Me obriguei a não
pensar nessas coisas, pois com certeza Dominick tinha um bom motivo para não
estar ali. Eu só tinha que me sentar e esperar.
E foi quando dei um
passo em direção à cama que ouvi água caindo no banheiro como se alguém
estivesse ligando uma torneira. Meu coração começou a bater mais rápido, e por
um momento achei que fosse explodir. Eu não estava sozinha. Dominick estava ali
e não tinha me dado o bolo. Fiquei imóvel sem saber o que fazer.
A porta do banheiro
abriu e Dominick saiu, sem perceber que eu estava ali. Ao me ver, parou e em
seguida sorriu. Ele estava lindo de morrer, como sempre. Os cabelos escuros
desgrenhados, a camisa desabotoada, era como se Nick tivesse acabado de
acordar. E claro, ainda tinha aquele sorriso sacana no rosto que fazia minhas
pernas tremerem. Ele me lançou um olhar demorado da cabeça aos pés, cheio de
desejo, foi aí que me lembrei da roupa que vestia... Ou melhor, que não
vestia.
Respirei profundamente,
sentindo os seios pesados roçarem no tecido fino e delicado da seda. O toque
suave me causou arrepios.
— Você não se despediu.
— Ele veio em minha direção, os olhos escuros presos aos meus.
Cheguei a abrir a boca
para dizer algo... Não sei o quê exatamente, mas seja o que fosse não consegui
dizer. Minhas mãos tremiam, caídas cada uma ao lado do corpo.
— Tem algum problema. —
Não parecia uma pergunta. Nick se aproximou ainda mais e acariciou meu rosto
lentamente, os olhos abertos me analisando, os dedos úmidos e frios em contato
com minha pele quente. Seu polegar deslizou sobre meus lábios entreabertos seguindo
o formato da boca em uma carícia lenta cheia de promessas.
Deixei escapar um
gemido quando Nick se inclinou e beijou meu rosto.
— Senti falta disso...
— Ele murmurou, a voz rouca, então deslizou a boca sobre a minha ao afastar o
polegar.
O incômodo entre minhas
pernas cresceu. Eu estava tão próxima dele, sentindo seu calor, que por um
momento consegui esquecer de todos os problemas.
— Nick — fiquei na
ponta do pé para alcançá-lo conforme ele foi se afastando e tive que me apoiar
em seu peito para não cair. Ele voltou a segurar meu rosto, e me fitou profundamente.
— O que houve?
E a realidade me
atingiu novamente como um soco no estômago.
— Não houve nada —
menti tentando ignorar o que estava sentindo. Não queria que Dominick parasse,
queria que ele me fizesse esquecer tudo aquilo e me lembrasse de nós dois.
— Mentirosa. — Seu
rosto estava sério, apesar do tom carinhoso e sensual. Somente ele para deixar
uma palavra insignificante como aquela, soar tão pecaminosamente sexy. —
Conheço você, Gia. Melhor do que qualquer um neste lugar. Você mal olhou pra
mim quando se despediu.
— Impressão sua. — Nick
me soltou, então voltei à posição anterior sem conseguir encará-lo direito.
— Vamos tentar novamente.
— Ouvi quando ele respirou fundo. — Não vai sair daqui até me dizer o que está
acontecendo, e eu tinha planos. — Encarei-o. — Tenho planos para nós dois que
não incluem eu e você parados aqui. — Dominick cruzou os braços o que acentuou
os músculos por baixo da camisa.
— Não podemos só
ignorar isso?
— Não.
Droga!
— Gia, tem que aprender
a conversar comigo. O que aconteceu com aquela garota que me desafiou, dizendo
que vinha pra cá e tudo mais? Quero falar com ela se me permitir.
Meu estômago revirou
novamente, então baixei o olhar, e quando percebi estava admirando o cinto de
Dominick. Tudo para fugir daquela conversa.
— Aposto mesmo que você
prefere alguém mais decidida — deixei escapar e quis me bater por isso.
Encarei-o.
— Foi o que Rada disse
sobre mim, não foi?
Estava tão na cara
assim?
— Nick...
— Vai conversar comigo?
Ou vou achar que Rada atingiu você com as mentiras dela, e olha que ela nem
sabe sobre nós. — Seu tom era firme. — Preciso saber que confia em mim, Gia, e
que as mentiras de Rada ou de qualquer outra pessoa não vão encher sua cabeça,
caso contrário, isso... — Ele fez um sinal, com a mão, entre nós. — Não vai dar
certo.
Senti as lágrimas se
formarem e enxuguei uma que deslizou por minha bochecha. Não queria chorar na
frente de Dominick, ainda mais quando ele nem tinha se movido para me consolar.
Ele não ia passar a mão na minha cabeça, pelo que percebi.
“Lute por mim.” Ele disse. E aqui estava eu, duvidando dele.
— Não sei se — me
encolhi toda, me abraçando, quando de repente o quarto ficou gelado. —, sou
suficiente pra você — falei de uma vez. — Se está satisfeito comigo. Tenho medo
que... Apareça outra Rada e lembre você do que gosta...
— E do que eu gosto,
Gia? — Seu tom ainda era sério, um desafio gelado, sem pena de massacrar.
— Vejo você com essas
mulheres, o tipo delas. Olho pra mim e... — Meus olhos se encheram de lágrimas
de novo. — Sou uma garota que viveu a vida em um colégio interno, idiota,
ingênua...
— Você não é idiota,
não permito que fale assim de você. E prefiro dizer inocente ao invés de
ingênua. — Dominick respirou fundo e balançou a cabeça. — Gia, eu não espero
que você se transforme da noite para o dia. Eu não espero. Gosto de
você, assim. Você está desabrochando aos poucos, o que me deixa extremamente
orgulhoso. É claro que precisa fazer alguns ajustes, como por exemplo, não
deixar que maltratem você como aquelas garotas estavam fazendo, aguentar a
responsabilidade da coroa, e ter mais segurança no que eu sinto por você.
— Vi como olhava pra
Rada.
— Pode ter certeza que
não havia desejo no jeito como olhava pra ela.
— Eu sei.
— Então.
— Mas ela mexe com
você, ela te irrita.
— É claro que ela me
irrita! — disse exasperado. — Só que me irrita mais o fato de ela achar que é
minha dona, de que pode machucar você caso descubra sobre nós dois. Eu só penso
em você e em mais ninguém. Se ela quiser me atingir, ótimo, que venha, eu
aguento as pontas, mas conhecendo ela do jeito que conheço, sei que Rada não
vai ficar nenhum pouco satisfeita quando nos vir juntos, Gia. E é com isso que
me preocupo.
— Você acha que não sei
me cuidar?
— Sinceramente? — Ele
franziu o cenho e sorriu, o que me fez sorrir também. — Gia, eu amo você.
Unicamente você. — Nick voltou a se aproximar deslizando as mãos pesadas sobre
meus ombros, braços... — Não é o suficiente?
— É, mas...
— Mas o quê? — Não
respondi. — Fale comigo.
Respirei fundo.
— Eu... — olhei para
cima, para os lados, menos pra ele. O que eu estava prestes a dizer me deixava
completamente sem jeito. — Não sou tão experiente. — Voltei a encará-lo. Ele me
olhava como se eu não estivesse falando coisa com coisa. — Não sei fazer metade
das coisas que elas deviam fazer... Na verdade, acho que estou sendo até gentil
— ri sozinha feito uma louca. — Não sei nada.
— Gia. — Nick me soltou
e voltou a me encarar sério. — Gosto de você do jeito que é. — Ele ainda estava
perto. — Gosto de saber que fui seu primeiro, gosto de saber que tudo que vai
aprender, aprenderá comigo e com mais ninguém. — Minha boca ficou seca. Nick
curvou-se sobre mim beijando meu rosto de novo, e deslizou a boca pelo meu
maxilar. — Gosto de ver o quanto você fica excitada quando chego perto — fechei
os olhos. — E eu mal toquei em você. — Ele se afastou apenas para me olhar e
voltamos a nos encarar, eu completamente sem fôlego e descaradamente desejosa,
apenas para provar que ele tinha razão.
— Então você não sente
falta delas? — Ele fez que não com a cabeça. — E as coisas que fazia com elas.
— Eu sabia que estava sendo terrivelmente indiscreta, mas não conseguia parar.
Precisava saber que eu era o bastante.
— Não sinto falta de
nada disso. — Ele respondeu prontamente. — E nem delas, quando tenho você. —
Senti meu peito se aquecer. — E além disso, também não me permito fazer tudo o
que quero, com você... — Seu tom malicioso era carregado de promessas. — Ainda
não...
— Não? Por quê? — ergui
o queixo, a curiosidade começando a me corroer por dentro.
Dominick riu e passou a
mão pelo rosto, não parecendo acreditar que estava tendo essa conversa. Eu sei,
era ridículo, mas como disse, não conseguia me calar.
— Porque não quero
assustar você, com... — Ele parou bruscamente. — Com minha mente fodida. Não
quero infectar você com isso. Não quero outra Rada, outra Shanon, outra Darla.
Quero você! Só quero que ponha isso na sua cabeça, ok? — Nick começou a andar
para frente, vindo em minha direção, o que me obrigou a recuar bem devagar. —
Com o tempo, as coisas vão evoluir entre a gente, só não quero que apresse
isso. — Continuei recuando e quando dei por mim estava de costas contra a
parede ao lado da entrada da passagem, com Dominick sobre mim, tão intimidador
quanto antes. — Quero aproveitar ao máximo meu momento com você. — Ele voltou a
acariciar meu rosto, meu queixo, minha boca, com o polegar. — Nós só começamos.
Soltei um gemido tão
indecentemente alto quando a boca de Dominick se aproximou descendo por meu
pescoço, que nem acreditei que aquilo tinha saído de mim, o que o fez rir
contra minha pele.
— Quero que tire essas
bobagens da sua cabeça, ouviu, princesa? — Ele dava beijinhos molhados ao longo
do meu pescoço, seguindo até meu ombro, afastando o roupão para revelar minha
pele, aos poucos, sem pressa. — Certo?
— Aham — respondi sem
pensar, tão perdida na sensação deliciosa que era a boca de Dominick me
provocando.
— Bom. — Mais beijos
molhados, quentes. Gemi de novo ao sentir sua língua. — Então tenho permissão?
Até aquele momento eu
já estava totalmente apoiada contra a parede, sabendo que se ela não estivesse
ali eu já teria me desfeito.
— Permissão pra quê? —
minha voz era um murmúrio rouco quando Dominick se aproximou mais, até os bicos
intumescidos dos meus seios roçarem o peito dele, por baixo da seda.
— Pra fazer o que eu
quiser? — seus dedos enroscaram em meus cabelos e com um leve puxão para o lado
ele revelou ainda mais meu pescoço.
— O que você quer
fazer? — fechei os olhos com força e deixei escapar um longo suspiro.
— Você vai ver. — Nick
retirou a boca. Voltamos a nos encarar, enquanto ele sorria triunfante, comigo
completamente derretida e entregue, os cabelos ainda presos aos seus dedos
exigentes me mantendo firme ali. — Antes quero que venha comigo, tomar um
banho.
— Eu já tomei banho — reclamei.
— Esse é diferente. —
Seu sorriso se alargou. — Você vai gostar.
— Pra que eu preciso de
um novo banho? — estreitei meus olhos em sua direção.
— É um banho relaxante.
Depois do dia de hoje, você precisa. — Então, para meu total desapontamento ele
se afastou. — Vem. — Oferecendo a mão em seguida. Eu nem sabia se conseguiria
andar. — Vou cuidar de você.
Sentindo ainda as
pernas bambas, tomei fôlego, segurei a mão dele e o segui.
Levei Gia pela mão, até o banheiro, onde
havia preparado um banho para ela com óleos perfumados, sais de banho, muita
espuma e uma trilha sonora especialmente selecionada para a ocasião. Velas
espalhadas pelo chão, ao redor da banheira, bruxuleando a luz baixa, ajudavam a
criar um clima sensual. Uma bandeja, com óleos e uma esponja, estava posta ao
chão, perto das velas. Do outro lado, uma bandeja com champanhe no gelo e duas
taças esperavam por nós.
— Uau. — Olhei para Gia
que observava o banheiro como se nunca tivesse entrado em um. Os olhos
arregalados vasculhavam, parecendo assimilar cada detalhe. Até aquele ponto não
sabia se sua reação era boa ou ruim, então esperei que ela acabasse sua análise
minuciosa e me dissesse algo concreto. — Nossa — Gia começou sem jeito ao me
encarar finalmente. — Não sabia dessa sua veia romântica.
— Não sou romântico. —
Fiz uma careta. E eu não era, nunca senti vontade de fazer essas coisas pra
ninguém antes de Gia. — Só quis fazer algo especial pra você.
— E isso não é nada
romântico. — Ela riu timidamente debochando de mim.
— Se achou, ótimo. —
Puxei-a para os meus braços, e seus lindos olhos verdes se abriram em
expectativa. — Então você gostou? — Rocei os lábios em sua boca sedosa,
atiçando-a e provocando-a deliberadamente, e ela se derreteu toda, entreabrindo
os lábios pedindo por um beijo de verdade, que eu não dei. Preferi adiar o momento. Eu queria brincar primeiro.
— Sim. — Ela respondeu,
o peito arfando, enquanto umedecia os lábios tentadores e macios, me observando
com extrema atenção.
— Bom — Esbocei um
sorriso satisfeito. — Então venha comigo.
Sem hesitar, Gia me
acompanhou em silêncio até perto da espaçosa banheira em estilo vitoriano,
feita de cobre com torneiras douradas, no centro do banheiro, e em seguida a
virei pra mim. Recuei um passo curto, e parei para dar uma boa olhada nela. Gia
estava incrivelmente sexy vestida daquele jeito. Tão inocente, mas ao mesmo
tempo tão tentadora. Conseguia ver os seios intumescidos pelo tecido quase
transparente e a sombra de uma calcinha minúscula.
Gia também tinha seus
olhos curiosos sobre mim e seus dedos repuxavam nervosamente a barra do roupão
de seda. A expectativa era de matar com certeza.
— Nervosa? — perguntei
surpreendendo-me com a rouquidão em minha voz. Gia balançou a cabeça negando
veementemente, o que me fez sorrir. Não sei como consegui me segurar por tanto
tempo, estando do lado dela. Mas isso não era sobre mim e sim sobre ela. Gia
merecia um descanso depois de todo o estresse que eu a havia feito passar com a
minha cabeça dura.
Coloquei as mãos em
seus ombros, deslizando-as pela seda macia, lentamente, sentindo-a tremer. Ela
respirou fundo e umedeceu os lábios mais uma vez. Gia estava ficando tão
impaciente e excitada quanto eu estava.
Sem conseguir me
segurar, agarrei-a pela cintura, e a mantive firme, presa com uma mão firme em
seus cabelos, encurtando nossa distância e finalmente colei minha boca na dela,
em um beijo profundo, arrebatador. Ela não reagiu imediatamente, mas em seguida
senti as mãos dela em meus ombros por um breve instante, antes que seus braços
caíssem ao lado de seu corpo. Gia havia se rendido. Seus gemidos baixos, a
falta de experiência, os tremores e sua hesitação em me tocar, de alguma
maneira me deixaram louco.
Mergulhei a língua em
sua boca pequena, procurando pela dela. Gia correspondeu avidamente pedindo por
mais, enquanto dedilhava minha camisa, agarrando-a sem saber se puxava ou se
deixava no lugar.
Era deliciosa a
sensação de senti-la contra meu corpo. Minha menina impaciente.
Corri a boca por seu
queixo e a abracei, puxando-a mais para mim, apertando-a contra minha ereção.
Gemi contra a pele do pescoço dela, e Gia me envolveu com os braços deixando
que eu continuasse com as caricias. Desci as mãos por suas costas, pressionando
os dedos em sua carne de uma maneira nada gentil — eu sabia — e Gia resfolegou
em resposta. Sua respiração começou a acelerar quando continuei descendo as
mãos e apertei aquele traseiro, encaixando o dedo perfeitamente na fenda, por
cima da seda macia, louco para sentir sua pele. E quando já a tinha provocado
bastante, eu a soltei relutante, deixando-a parada a minha frente com a boca
inchada, sem ar, completamente desejosa.
Com um sorriso
zombeteiro continuei me afastando, até uma mesinha do outro lado do quarto, sob
o olhar faminto de Gia. Tirei a bebida do gelo e enchi uma das taças sabendo
que ela me observava.
— Com sede? — Me voltei
pra ela. Não esperei por sua resposta. Fui em sua direção com a taça numa mão e
a garrafa na outra. — Abra a boca.
Com um sorriso brincalhão
no rosto, Gia obedeceu. Então encostei a taça em sua boca e derramei a bebida
bem devagar para que ela tomasse um pouco, e retirei a taça sem avisar, o que a
fez rir.
— Minha vez. — Dei um
gole curto, deixando a garrafa no chão, antes de voltar a aninhar a mão nos
cabelos de Gia de novo para outro beijo de tirar o fôlego. Ela tinha gosto de
champanhe, o que me deu uma ideia.
Interrompi o beijo mais
uma vez para dar outra olhada nela. Tão linda e ansiosa. Ia amar brincar com ela à noite toda.
Desci a mão para o
cinto do roupão, desfazendo-o e o roupão se abriu, revelando um pouco da pele
nua e da calcinha que ela usava.
— Assim você vai me
matar, princesa. — Afastei parte do roupão para o lado, ergui a taça
mostrando-a para ela, sem realmente dizer o que faria, até me aproximar e derramar
um pouco da bebida na curva do pescoço. Gia soltou um gritinho surpresa, quando
avancei sobre ela para sugar o líquido em seu corpo, seguindo o caminho das
gotas que escaparam. Primeiro lambi o pescoço, traçando um caminho de beijos,
sugando o champanhe e lambendo. Gia teve que se segurar em mim pra não cair.
Continuei com a
provocação, me afastando de novo, para derramar uma boa quantidade sobre o
ombro desnudo, então coloquei minha boca mais uma vez nela, descendo até um dos
seios. Passei a língua e mordisquei de leve, ouvindo-a suspirar ao se agarrar
em mim. Ergui a cabeça e fiz o mesmo com o outro seio, provocando-a com a
língua até deixar o bico bem durinho e continuei com o caminho dos beijos,
seguindo as gotas que escaparam para a barriga dela, mas para isso tive que
ficar de joelhos.
Gia acariciava e
segurava meus cabelos com força, os olhos fechados apenas sentindo o que eu
fazia com ela. E olha que não tinha nem
começado.
Ajudei-a a se livrar do
roupão, deixei a taça ao lado da garrafa, e voltei minha atenção para aquela
calcinha branca.
— É isso o que as
princesas vestem por baixo de todos aqueles vestidos e saias? — Fingi surpresa
ao olhá-la de baixo para cima. Gia abriu os olhos e sorriu.
— Achei apropriado para
a ocasião. Não gostou?
— Ah, eu gostei. —
Enfiei o dedo no elástico lateral e puxei para baixo. Surpreendendo-me, Gia não
se cobriu, o que achei fantástico, embora tenha percebido que suas mãos
chegaram a fazer menção de se aproximar, mas recuaram. Não fiz comentário
algum, para não intimidá-la. — Mas para o que pretendo fazer, infelizmente ela
é um empecilho. Mas continue pensando em mim quando for escolher suas roupas de
baixo.
— Quem disse que pensei
em você? — Sorri com sua resposta insolente.
— Seja boazinha. — Dei
um tapa leve na bunda dela e Gia segurou o riso. — Posso ser muito mal com
você, princesa. — Fiquei de pé e ela se encolheu um pouco, tão vulnerável a
minha mercê.
— E o que está
esperando? — Ah, todo aquele atrevimento me deixava louco.
— Muito bem. — Deixei a
calcinha cair no chão ao lado do roupão de seda. — Vire-se e entre na banheira.
Se Gia estava com
vergonha de ficar nua na minha frente, não transpareceu. Obediente ela me deu
as costas, fez um coque no cabelo, sem a ajuda de um elástico ou prendedor e em
seguida mergulho uma das pernas na espuma, e colocando a outra entrou.
— Continue de costas
pra mim — pedi.
Fui até o canto onde
havia deixado uma cadeira que trouxe do quarto e coloquei-a perto da banheira.
— Gelada? — perguntei
quando sentei.
— Está morna. — Ela
mexia os braços, parecendo uma criança que havia acabado de entrar em uma
banheira pela primeira vez. Era excitante vê-la. Sua inocência era refrescante
e apaixonante, se tinha permissão de ser
piegas. Que Kristyan não me ouvisse. — Vai entrar comigo? — Gia virou o
rosto para o lado.
— Hoje não.
— Ah... — Ela fez um
biquinho contrariada. E antes que pudesse dizer qualquer coisa, me inclinei
para pegar o óleo de massagem, coloquei um pouco na mão e devolvi a garrafinha
para a bandeja aos meus pés. — Deveria entrar, a água está ótima.
— Apenas fique quieta.
Se eu entrar aí, meus planos vão por água abaixo. — Esfreguei a mão uma na
outra até senti-las quentes e coloquei-as nos ombros de Gia, começando a
massagem bem devagar.
— Isso é bom. — Gia
ficou imóvel.
— Está tensa, princesa.
— Os últimos dias foram
cansativos.
— Sério? Me conte sobre
eles.
— Ah, primeiro foi um duque
pelo qual estou apaixonada que é um cabeça-dura irritante. — Sorri com sua
descrição precisa e certeira sobre mim.
— Então está apaixonada
por ele?
— Foi só essa
informação que absorveu? — Nós dois rimos.
— Principalmente. —
Continuei com os dedos trabalhando em seus ombros e costas. Gia soltou um longo
gemido, e começou a relaxar.
Me inclinei para perto
e sussurrei em seu ouvido:
— Está gostando?
— Sim. — Sua voz era
rouca ao me responder.
— Bom. — Acariciei seu
pescoço de leve, subindo pelos cabelos presos até segurar o coque com cuidado
para não machucar, mas com pressão suficiente para que ela ficasse atenta.
Fiquei de pé, virei a cabeça dela para o lado e lhe roubei um beijo.
Naquela posição ao
abrir os olhos por um momento, vi os seios de Gia subindo e descendo sobre a
água, seguindo sua respiração descompassada. Não resisti e levei a mão livre
até um deles, e o pressionei de leve, sentindo Gia empurrar o corpo contra
minha mão, ainda sem fôlego com o beijo.
— Não vai entrar mesmo?
— Ela choramingou contra minha boca.
Fiz que não com a
cabeça e a soltei, mas Gia me pegou de surpresa virando seu corpo de frente pra
mim. Observei-a em silêncio maravilhado com sua beleza.
— Gia... — Ela ficou de
joelhos na banheira, os olhos verdes desejosos sobre mim. Acariciei seu rosto,
tocando sua bochecha gentilmente, toquei seus lábios com o polegar e Gia beijou
a ponta do meu dedo. Foi um beijo simples, singelo, mas que me deixou ainda
mais louco com vontade de agarrá-la, entrar na água e tirar minhas roupas.
Gia deu outro beijo na
ponta do dedo, e devagar o enfiou na boca, sugou-o e passou a língua. Fiquei
imóvel, a respiração acelerada, enquanto sentia a calça apertada. De repente
quis que ela fizesse isso em mim, que me libertasse dessa agonia, e quando vi
suas mãos sobre minha camisa, fiquei tenso, ansioso para descobrir o que ela
faria em seguida. Observei-a em silêncio sentindo as mãos molhadas sobre o
tecido, os dedos hesitantes abrindo os botões e finalmente me tocando. Soltei
um gemido rouco e fechei os olhos quando percebi seus dedos descendo por meu
peito, me acariciando. Ela soltou meu dedo da boca e partiu para me beijar na
barriga, traçando um caminho de beijos gentis e demorados.
Voltei minha atenção
pra ela e nossos olhares se encontraram. Seu jeito irresistível de me olhar me deixou
com água na boca, então permiti que continuasse brincando.
Quando ela me tocou
sobre a calça, senti meu corpo incendiar, a vontade de tê-la só aumentou e tive
que me segurar mesmo. Cerrei os punhos com força, os dedos apertando a palma.
Era impossível tirar os olhos dela. Gia se movia com tanta graça e segurança,
ela sempre despertava nesses momentos. Seu atrevimento do dia a dia, escolhia
as melhores horas para surgir.
Permaneci quieto quando
ela abriu minha calça e baixou a cueca, por fim me libertando, e meu pau quase
encostou em sua boca. Gia ainda não tinha feito nada. A ansiedade me matava aos
poucos, mas não ia pedir que ela me tocasse, não ia... Até que ela me surpreendeu lambendo a glande, como quem
toma um delicioso sorvete. Joguei a cabeça para trás aproveitando a sensação,
antes de voltar a encará-la faminto.
Gia usou apenas a
língua por um tempo, se divertindo com lambidas travessas e um olhar divertido
ao me observar...
— Com quem você
aprendeu a ser tão malvada assim? — Ela se afastou por um momento, sorriu e em
seguida enfiou o máximo que conseguiu na boca, usando uma mão para me tocar, e
eu fui à loucura. Senti o ar faltar e um calor desesperado me subir. Abri a
boca para dizer algo, mas seja o que fosse ficou perdido, e no lugar, um som
rouco, primitivo, escapou da garganta e eu mal me reconheci.
Mais um pouco e eu não
aguentaria. Foi a muito custo que me afastei, sob seu olhar desejoso cheio de
reprovação.
— Droga — rosnei
irritado fechando os olhos, tentando me recuperar. — Assim vai ser difícil. —
Olhei pra ela, aquele sorriso safado, o nariz empinado. Não havia um pingo de
arrependimento em seus olhos. Se ela pudesse faria tudo de novo. Ah e como eu queria
que fizesse. Gia olhava do meu rosto, para minha ereção... — Se continuar desse
jeito não vou durar à noite toda. Vire-se. — Gia não obedeceu. — Vire ou não
chegarei perto.
— Medo de mim? — Gia se
fez de ofendida e eu ri.
— Apenas obedeça. —
Tirei a camisa e deixei-a no chão. Gia observou o movimento atentamente. Tirei
os sapatos, meias, e pôr fim a calça. Não ia mais conseguir continuar vestido.
— Não. — Ah, aquele tom
petulante ainda ia colocá-la em problemas.
— Depois eu sou o
irritante cabeça-dura. — Bufei tentando não rir. — Que seja. — Joguei as mãos
para o alto dando-me por vencido e fui em direção à banheira. — Vamos acabar
logo esse banho. — E entrei rapidamente, sentando e colocando-a de costa pra
mim. — Agora fique quieta e me deixe terminar.
— E eu não tenho o
direito de fazer o mesmo? — reclamou virando o rosto
— Ah, tem sim. Mas
agora... — Apertei seu corpo contra o meu, ciente do meu pau duro em suas
costas. — Eu que quero brincar um pouco com você.
— E depois?
— Tão impaciente. —
Coloquei as mãos sobre seus ombros para continuar a massagem. — Depois você vai
ver.